sábado, abril 29

Ééééeeeeh!

Amanhã num tabálho, cagálho!

sexta-feira, abril 28

O Trunfo

Ás de Copas,
Ás de Paus,
Ás de Ouros,
e hás-de pagá-las!

quarta-feira, abril 26

Num conheces,



mas hás-de conhecer!

[foto: cortesia JMG & PP]
«O Raio-da-morte», ou, «A caminho.»

domingo, abril 23

A maldade é puro veneno II

[ou, Post de sentido único]

E um cabrão, num vai?

ass: moi mémê
aka: Uma-ganda-besta-mas-estou--me-a-divertir-à-brava
aka: nunca mais vejo televisão!
[post scriptum sem link nem nada.]

sexta-feira, abril 21

Reconhecimento de graça concedida

Ááááléluia!
Áááálééluia!
aléluia, aléluia, alééélu-ú-ú-iiiaaaaaâ!

quarta-feira, abril 19

O Síndroma de Ran-Tan-Plam

Ainda não sabia ler e já me deliciava com os livros ós quadradinhos. Para mim, estes tornaram-se referências basilares , aos quais dedicava horas de profunda meditação e reflexão.

Um dos que mais gostava, a "fuga dos Dalton", tinha uma prancha (é uma página de BD, de alto a baixo) antológica. Nesta, e no primeiro quadradinho, um guarda prisional, que inicia a sua ronda, pisa a cauda do famosérrimo Ran-Tan-Plan. A sequência prosseguia com o guarda a passar no páteo, entrando na área das celas e, em suma, fazendo a ronda. Nisto aprecebe-se que os Dalton fugiram. Os sinos tocam a rebate, toda a gente alarmada, e o guarda corre para o gabinete do director a avisá-lo do acontecimento. Ficam todos em balbúrdia e muito aflitos. Correm para aqui e para ali. Abrem-se os portões e, a cavalo, sai um pelotão de perseguição. No último quadradinho, aliás no penúltimo, reencontramos o Ran-Tan-Plan ainda na paz dos anjos, dormindo como se nada se tivesse passado. Sendo que, depois, no último, dá um pulo enorme - "Cain, Cain", "pisaram-me a cauda" queixa-se com um ar alucinado. Ficou-me para sempre. Há quem prefira chamar a estas "reacções", ou falta delas, pois, outras coisas. Para mim ficou o Síndroma de Ran-Tan-Plan.

Oh! Sô Dona Última, seja muito bem vinda.

terça-feira, abril 18

encalhado, Desabafo do(s) verdadeiro(s)

[Isto não é uma carta de amor. Mas também não é uma carta d'ódio. É uma carta de puro deleite, que também são para ser jogadas. Recolhe, é uma vaza de homenagem.]

Agora sim! Sinto-me mesmo engatado.
Falo a despropósito d(est)as blogadas e declaro desde já: Se #umar mata, os blogs viciam!

Já o tinha confessado à Nossa Grande Irmã com o desplante do costume, quando nos reencontramos ao fim de um injusto tempo de espera para aquele super-jantar - será que as coisas têem mesmo um tempo? -: " 'Tive agora mesmo (pela 1.ª vez, subentenda-se) no teu blog, passei lá uma hora e meia (...) "adorei, adorei, adorei"." Ora isto foi, ummm, não, dois meses.
Cito muitas vezes o Cesár Monteiro. Cito, de resto, tudo o que me dá jeito como ferramenta de expressão. Sobretudo esta, que é tão útil para descrever o que me acontece quando me deleito com os textos da criatura - já vi repetidas referências (bem, duas...) nos blogs que se espalham na sua confortável ciber-sala de estar.) que me oferece, e melhor que num pasquim, breves, curtos, deliciosos e inspirados momentos de deleite (...que, please, please, a vida não é só isto... ou será que é? Tenho de pensar melhor o assunto.). Cáustico sim, por vezes. Mas de um humor... como dizer? ...corrosivo. Sim 'tá bem, mas
Assim não vou lá - mudança de estratégia clarificadora-. "Chamam-te Musa, pá!" e olha, pronto, mais um. Só que nos outros clickas e, plimfas, estamos de volta à tua sala de estar.
Onde, depois, déste outro jantar. E, cá está, "deixa-me lá ver o blog d'ela". Devo ter atrasado e tudo a chegada por causa disso. Para lhe poder dizer, radiante, "estive lá bué da bué, Altamente...".
Depois. Fui a um jantar no qual não consagrei tempo para a consulta que se queria já ritual. Mas 'teve que ser. Ou blogas ou sopas (um dos primeiros sintomas do mal de que padeço, e do qual, presentemente me queixo)! Nesse dia, sopas.
Vejam lá, internet à anos... Sempre a cagar d'alto pa'estas coisas. Ultimamente, amigos, mostravam-me uns "my space"'s, ou uns foto-blog: "sim, sim, muito giro!", mas via-os como quem vê albúns de família no colo de alguém, que tem o seu ritmo e sabe o que é que lhe apetece contar-me: Tudo. Uma seca. Quer dizer?! Mais ou menos. Gosto de pegar nas coisas com a mão. Aliás, de à anos para cá que adoptei a táctica do: áh! uns albúns, sim senhor... dá cá!
Enfim, muitos interesses, pouco tempo.
E depois desse, já não sei a quantas vou, tornei-me visitante regular dos jantares mas, sobretudo, da tua sala-de-estar que está extraordinariamente sempre de pantanas.
Agora já não precisava de pretextos. Uma, duas vezes por semana lá ia eu, ver o que é que havia de novo. E, já não contente com isso, pus-me a visitar os teus vizinhos. Gente, presumo, de confiança. Mas é que nem foi necessário esperar pela segunda vez. Logo há primeira, pimfas, ou tranglas - sim, Tranglas é mais adequado - bostada! aliás postada! nos frigorificos deles. Sim, fui-lhes aos yogurtes sem pedir licença nem nada. Sei que à vontade num é "àvontadinha", mas não resisti (ando, pelos vistos, com as resistências muito em baixo) abri as gavetas, fiz cross-over, espreitei... é isso espreitei q.b.. E deixava assim uns rastos (não, não é de lodo verde), um fio de cabelo além, um descamanço de epiderme aqui e alí, e não sei quantas bojardas um pouco por todo o lado.
Fidelizei-me em dois. De resto três - contando com este, que do meu nem vê-lo. Já pensei control x, control v mas desisti da ideia, não se trata de ego, trata-se de que quero mesmo que "vós outros, que só vós e mais nenhuns" tenham uma quadro mais geral do que se passa comigo, vosso parceiro (se ainda não estão avisados, pois ficam desde já, faço gala em pirosices pontuais) -, e, de há uma semana para cá tenho lá ido todos os dias, todos os dias.
Honestamente que (com hagá e tudo sem acento no O) não acho muita piada.
Mas divirto-me tanto (Sim, sofro um poucochinho, mais por empatia), no mínimo emociono-me: assim e assado. Páqui e p'rá li. Se me permitem duas citações de seguida: «Posso dizer que «J'ai lu»». Ou, já li, e vou ler e se calhar, platonicamente, apaixonar-me por mais do que os dois amores que já tenho e que em nada são iguais, mas que eu sei de qual eu gosto mais.

No entanto e porém, a "outra" de à uns dias para cá que já não escreve no seu blog. E, aí, já comecei a entrar em carência (que, já agora, deve ser o oposto de carícias). Começo a compreendervos (saiu assim e não saiu nada mal, ficou com nervo). O centro do mundo constipa-se, um dia sem catarsis e fica tudo inquieto em pantanas, fica tudo "oh filha oh filha, tu não nos abandones". Imagino que deve ter existido uma semana inteira que não puseste os pés na tua ciber-casa, porque os ecos no ciberespaço ainda ecoam. E nem estão nos arquivos, estão ali, óh, com link e tudo, óh. Soltando e bramando Alleluias com o teu regresso.
Quando a outra reaparecer vou fazer o mesmo que te fizeram, aprendo a fazer links e tudo.
Hossana. Corações ao alto.
Estamos no meio de nós.

segunda-feira, abril 17

sucesso vs. fracasso

Eu sei que não estive no primeiro jantar e, por isso mesmo, nem sequer devia ser autorizado a largar postas de pescada neste panfleto de esquizofrenias [sim, sim, isto é mesmo uma provocação para ti]. Mas estive no último e tenho por hábito definir a qualidade de uma festa em duas simples categorias: sucesso ou fracasso.

Tendo em conta que o spaguetti estava demasiado cozido, a dona de casa passou o tempo a adormecer a filha, houve pessoal que comeu mais do que devia e não deixou nada para os outros, a última convidada a chegar decidiu partir um simpático grupo de garrafas para dar nas vistas e ninguém, absolutamente ninguém, saltou para cima da mesa para fazer um show de strip-tease, poderemos chamar sucesso a esta festa?

Telescópio,
aka Chupão
aka só digo merda

domingo, abril 16

Será que a foto aparece














Torno a dizer que não resisti. Mas vou frequentar um curso de inserção de fotos estúpidas. Porque esta deu-me um trabalhão.

quinta-feira, abril 13

(...)cartando responsabilidades

Transtorno!
Vai uma pessoa a uns jantares e, Pimfas!, espetam-lhe com mais um blog. Que fazer? Que mais inventar. Nada! Vou comprar tudo feito. Li (vejam lá) hoje (ainda por cima) um pequeno conto que me remeteu (vá-se-lá (vacila, no original) saber porquê), para os nossos jantaris(os). Não, não tem nada a ver com nada, mas ainda assim... Depois destes interlúdios dezinformais vou-me espalhar ainda mais. (esperem lá um pouco, deixem-me rever o texto... se consigo introduzir alguma redundância,... náá, só no estilo.
Aqui vai, entonces, uma grande posta de pescada. Se preparem: Uhnnnuhu! (Quem conseguiu chegar até aqui, pois, espera-lhes uma comprida surpresa.)
Anuncio desde já! -- O pseudópede - fiel à sua natureza - só irá apresentar textos originais!... mas de outras pessoas.
«(...), e quando de repente o vento cessou e o Sol se pôs pelo menos duas vezes maior (quer dizer, mais morno, mas de facto é o mesmo) sentei-me no parapeito e senti-me tremendamente feliz na manhã de domingo.
Entre as muitas maneiras de combater o nada, uma das melhores é tirar fotografias, actividade que deveria ensinar-se muito cedo às crianças, pois exige disciplina, educação estética, golpe de vista e dedos seguros. Não se trata de espreitar a mentira como qualquer repórter, e apnhar o estúpido perfil da grande personagem que sai do n.º 10 de Downing Street, mas, de qualquer modo, quando se anda com a câmara tem-se o dever de estar atento, de não perder esse brusco e delicioso reflexo de um raio de sol numa velha pedra, ou a corrida com as tranças ao vento de uma garota que volta com o pão ou uma garrafa de leite. Michel sabia que o fotógrafo opera sempre com uam alateração da sua maneira pessoal de ver o mundo para outra que a câmara lhe impõem insidiosa (agora passa uma grande nuvem quase negra), mas não o desconfiava, sabedor de que lhe bastava sair sem a Contax para recuperar o tom distraído, a visão sem enquadramento, a luz sem diafragma nem 1/250. Agora mesmo (que palavra, agora, que estúpida mentira!) podia ficar sentado no muro sobre o rio, vendo passar as barcaças negras e vermelhas, sem que ocorre-se pensar fotograficamente as cenas, deixando-me simplesmente ir no deixar-se ir das coisas, correndo imóvel com o tempo. E o vento já não soprava.
Depois segui pelo Quai de Bourbon até chegar à ponta da ilha, cuja íntima praceta (íntima por ser pequena, e não por ser recatada, pois oferece o peito todo ao rio e ao céu) me agrada e torna a agradar. Nela se encontrava apenas um par e pombas, naturalmente; talvez uma das que passam agora, pelo que vejo. De um salto instalei-me no parapeito e deixei-me embrulhar e atar pelo sol, entregando-lhe o rosto, as orelhas, as duas mãos (guardei as luvas no bolso). Não tinha vontade de tirar fotografias, e acendi um cigarro para fazer qualquer coisa; creio que na altura em que aproximava o fósforo do cigarro vi pela primeira vez o rapazinho.
O que eu tinha tomado por um par parecia-se muito mais com um rapaz e a mãe, apesar de saber ao mesmo tempo que não se tratava de um rapaz com a sua mãe, que era um par no sentido que damos sempre aos pares quando os vemos apoiados nos parapeitos ou abraçados nos bancos dos jardins. Como não tinha nada que fazer, sobrava-me tempo para perguntar a mim próprio porque motivo o rapazinho estava tão nervoso, tal um pequeno potro ou uma lebre, metendo as mãos nos bolsos, tirando primeiro uma e depois a outra, passando os dedos pelo cabelo, mudando de posição e sobretudo porque estava com medo, pois isso se adivinhava em cada gesto, um medo sufocado pela vergonha, um impulso que o impelia para trás e que se notava, como se o seu corpo estivesse preste a fugir, contendo-se num último e lastimoso pudor.
Tão claro era tudo isso, à distância de cinco metros -- e estavamos sós contra o parapeito, no extremo da ilha --, que a princípio o medo do rapaz não me deixou ver bem a mulher loura. Agora, pensando a coisa, vejo-a muito melhor nesse primeiro momento em que lhe vi a cara (de repente tinha girado como um catavento de cobre e os olhos, os olhos estavam ali), quando compreendi vagamente o que podia estar a acontecer ao rapaz, e disse para mim que valia a pena comtinuar a olhar (o vento levava as palavras, os simples murmúrios).
(...) [Estão a curtir?? só mais um bocadinho, no fim tem a surpresa do princípio (literalmente).]
Do rapaz recordo mais a imagem do que o verdadeiro corpo (isto entender-se-á depois), enquanto agora estou certo de que da mulher recordo muito melhor o corpo do que a imagem. Era magra e esbelta, duas palavras injustas para dizer o que ela era, e vestia um casaco de peles quase negro, quase comprido, quase elegante. Todo o vento dessa manhã (agora limita-se a soprar e não fazia frio) lhe tinha passado pelos cabelos louros que emolduravam uma cara branca e sombria - duas palavras injustas -- e deixava o mundo suspenso e horrivelmente só diante dos seus olhos negros, os seus olhos que caíam sobre as coisas como duas águias, dois saltos no vácuo, duas rajadas de lodo verde. Não descrevo nada, tento sobretudo entender. Disse duas rajadas de lodo verde.
(...)»
Gostaram? Querem mais? O início, então:
«Nunca se saberá como se deve contar isto, se na primeira pessoa ou na segunda, usando a terceira do plural ou inventando continuamente formas que de nada servirão. Se se pudesse dizer: eu viram a Lua subir, ou: tu a mulher loura eram as nuvens que vão correndo diante dos meus teus seus nossos vossos deles rostos. Que diabo!»
in «Blow-up», Julio Cortázar, (n.º 394 livros de bolso europa-américa).

De escapulário na pele.

It´s all about sex, and drugs and... Ohh I forgot. Help. And...

(leia-se Ohh, em português de loira refinada com o indicador enfiado na boca. Eu sou a tua consciência)

Rules.

E elas? Quem as faz?... O tipo de letra? As cores? Quem define?
Não define?...